A indústria de fundos imobiliários apresentou uma crescimento robusto nos últimos anos, tanto em termos de performance quanto em oferta de novos produtos. A visão construtiva para essa classe de ativos segue valendo para futuro próximo. Como demonstrado ao longo do relatório, algumas variáveis como taxa de vacância e preços de aluguel, dependentes da economia real, ainda se encontram deprimidas e longe do seu pleno potencial.
Ainda assim, alguns segmentos tendem a desempenhar melhor que outros. O setor de Shoppings, pelas características inerentes ao negócio, é um dos que pode se beneficiar desse ambiente favorável. Dessa forma, esperamos que a receita auferida por esses ativos seja crescente nos próximos anos, incrementando sua distribuição de proventos e valorizando as respectivas cotas. Outro setor que deve se destacar é o de Lajes Corporativas, um dos setores que mais sofreu com a crise e com excesso de oferta. Os níveis de vacância historicamente altos e preços de aluguel/m² baixos, devem apresentar uma recuperação acelerada na medida em que a taxa de emprego volte a crescer, aumentando a demanda das empresas por espaços corporativos, consumindo os estoques disponíveis e melhorando o poder de barganha dos proprietários. Assim como no setor de Shoppings, a consequência natural será o aumento da receita obtida pelos ativos, que no final se refletirá na valorização das cotas.
Acreditamos que as bases para recuperação da atividade econômica estão se solidificando. Com inflação baixa e, consequentemente, juros estruturalmente baixos, a retomada do ciclo de crescimento deve se materializar, criando um ambiente ideal para investimentos alternativos como FIIs.